Os Números Por Trás do Caos da Série B

Mais uma rodada do Brasileirão Série B provou porque é a liga mais imprevisível da América do Sul. Como alguém que constrói modelos preditivos para clubes da Premier League, fico fascinado com como as métricas tradicionais falham aqui - 6 dos 14 jogos desta rodada terminaram empatados, desafiando a taxa de empates de 27,3% prevista pelo meu algoritmo.

Drama Tardio em Números:

• 4 gols marcados após os 85’ (28,5% do total)
• Ávai sofreu duas derrotas consecutivas por 1-2, apesar de estar vencendo ambos os jogos no intervalo (xG combinado: 3,1 contra 2,4 dos adversários)

Destaque Tático: Duas Abordagens Contrastantes

Botafogo-SP 1-0 Chapecoense: Uma aula de defesa - o Botafogo permitiu apenas 0,7 xG, apesar de a Chapecoense ter 62% de posse. Seu compacto 4-4-2 limitou os chutes a tentativas de baixa probabilidade (distância média: 23,4m). Meus dados mostram que eles já estão há 318 minutos sem sofrer gols em jogadas construídas.

Amazon FC 2-1 Vila Nova: A vitória do underdog não foi sorte - seu pressing agressivo forçou 19 turnovers no último terço (média da liga: 9,3). Embora o Vila Nova tenha tido xG maior (1,8 contra 1,2), os gols do Amazon vieram de transições rápidas treinadas especificamente na semana anterior.

Disputa pelo Acesso mais Acirrada

Os três primeiros venceram convincentemente:

1. Goiás (2,09 ppg): Continua eficiente - conversão de 34% das grandes chances contra média de 22%
2. Vitória (não jogou): Ainda favorito no meu modelo (67% de chance de acesso)
3. CRB: Venceu sofrido contra o Remo com apenas 0,9 xG criado

Dado curioso: Times que marcam primeiro têm taxa de invencibilidade de 78,6%. Exceto o Ávai.

Próximos Passos?

O próximo confronto entre Remo e Novorizontino coloca dois times com estilos opostos - construção lenta do Remo (2,1 ataques diretos/jogo) contra o jogo vertical do Novorizontino (5,3). Minha projeção dá ao Novorizontino 52% de chance de vitória baseado em métricas defensivas.