O Legado de Ronaldo Está a Desaparecer?

Não escrevi isto por fanatismo. Minha mãe ensinou-me: “Se não medir, não possuis.” Nas quadras de concreto, vi jogadores não pela glória, mas por padrões. Em 2008, Ronaldo juntou-se ao Manchester United com uma taxa histórica. Em 2013–2017, o Real Madrid tornou-se seu laboratório: fluxos de dados limpos, saída consistente. Marcou mais golos que qualquer atleta moderno. Mas depois veio o modelo. Executei algoritmos de agrupamento na sua trajetória por seis ligas — Premier League, La Liga, Serie A. O seu pico foi inegável: forma máxima aos 34 anos. Após a aposentadoria? Os dados mostram: gols por minuto caíram abaixo do limiar. Na votação mais rigorosa da Europa — jornalistas alemães o classificaram em #7, atrás de Di Stifano e à frente de Gade Muller. O problema não é ele ter caído — é recusar adaptar o algoritmo. Ronaldo não foi substituído por Messi ou Pelé — foi medido por eles. E quando limpamos o ruído da nostalgia? Seu legado tornou-se um artefato estático. Não classificamos lendas por emoção — classificamo-las por xG, taxa de conclusão e pressão defensiva sob longevidade. Isto não é sobre ódio — é sobre precisão.