O custo da vitória na Copa do Mundo

A Ilusão da Glória Nacional

Cresci em Croydon, criado no racionalismo — não são contos de fadas. Meu pai dizia: ‘Para vencer a Copa do Mundo, modele a distribuição de probabilidade, não os desejos.’ Passei três anos numa startup esportiva construindo modelos preditivos com Opta e FiveThirtyEight. Não vencemos. Mas também não falhamos.

A Verdade Bayesiana

A vitória não é um giro narrativo. É uma probabilidade posterior calculada a partir de mais de 12.000 jogos: precisão de finalização, pressão defensiva, eficiência em escanteios. Quando torcedores veem ‘China’ ou ‘full clear’ como metáforas da vitória — confundem ruído com sinal. O modelo não se importa se você acredita em milagres. Importa a verossimilhança.

O Custo da Crença

O verdadeiro custo não é dinheiro nem fama — é dissonância cognitiva. Imaginar o futebol como destino é ignorar entropia e abraçar viés de confirmação. Toda vez que alguém diz: ‘Só me dê a taça’, está pedindo um p-valor que não existe no mundo real.

Por Que Ainda Assistimos?

Assistimos porque o jogo revela o que está oculto: como a incerteza molda o julgamento sob pressão. Não preciso de encerramento — preciso de calibração.

Seu Modelo Escolheria Como?

Vote aqui: Você trocaria seu futuro por 0,3% de chance? Ou continua codificando? (Ver repositório GitHub: /BayesOfFoot)