Semana 12 da Série B

A Semana que Desafiou Previsões

A 12ª rodada da Série B não foi apenas competitiva — foi teatral. Mais de 30 jogos entregaram reviravoltas dignas de roteiro: gols nos acréscimos, cartões vermelhos (um) e impressionantes 96% dos jogos decididos por um gol ou menos. Como analista de dados que modela probabilidades de playoffs da NBA, vejo paralelos: esta liga vive de tensão e imprevisibilidade.

A média de duração dos jogos foi quase 98 minutos — quase o tempo total regulamentar — em uma liga conhecida pela velocidade. Mas não foi só tempo; foi energia. Os dados mostram uma média de 4,3 finalizações por jogo dentro da área — sinal de ataques intensos.

Momentos-Chave que Abalaram a Tabela

Começamos com Volta Redonda vs Avaí (1–1). Um empate dramático no fim do jogo — exatamente no minuto 95:36 — provocou gritos em todo Rio de Janeiro. Ambos os times tiveram mais de sete escanteios; ambos pressionaram alto desde o início sob ameaça do rebaixamento.

Depois está Shapoco vs Ferroviária, vitória espetacular por 4–2. Não só pelo placar, mas porque o Shapoco agora entra na briga pelos quatro primeiros após cinco partidas sem sofrer gols — raro nesta divisão.

E não esqueça Amazonas FC vs Curitiba: outro jogo nervoso terminado em vitória por 2–1, graças a um cabeçada nos acréscimos do meia Rafael Silva — o tipo de momento que os torcedores vivem.

Números Por Trás do Caos

Usei modelos de regressão baseados em volume de finalizações, diferencial de posse e recuperações defensivas em todos os jogos.

O que chamou atenção:

• Times vencedores com clean sheets tiveram uma diferença média de +0,85 xG por jogo sobre os adversários.
• Quem teve mais escanteios ganhou 73% dos jogos — mesmo sem converter todos.
• Notavelmente, o Avaí perdeu três seguidas apesar ter mais finalizações que os adversários: eficiência estrutural fraca aqui.

Meu modelo prevê que sua chance de sobrevivência cai abaixo de 50% se não melhorar sua taxa finalização (atualmente apenas 8%).

Já o Curitiba tem sido surpreendentemente consistente: sofreu apenas dois gols nas últimas seis partidas e marcou quatro em escanteios sozinhos. Taxa bem acima da média: 37%, contra a média geral (18%).

Olhando Adiante: Quem Pode Subir?

Com a metade do campeonato chegando, dois nomes estão em ascensão:

• Ferroviária, invicta há cinco jogos após vencer Minas Gerais por 2–1 — constrói impulso com controle disciplinado no meio-campo.
• E sim… até mesmo o Vila Nova, apesar ter sido superado por quatro gols nesta semana — mas defende bem sob novo sistema zonal do técnico Lucas Mendes.

Mas cuidado com próximos confrontos: duelos como Avaí vs Crisciuma (na próxima semana) podem ser decisivos, já que ambos estão dentro dos três pontos da zona segura.

Para torcedores que acompanham não só resultados, mas histórias: este campeonato oferece textura narrativa mais rica do que muitas ligas principais graças à volatilidade extrema.

Pensamento Final: Estatística Encontra Alma

The beleza do futebol brasileiro reside não apenas no talento individual, mas na resistência sob pressão — algo que qualquer entusiasta dos dados pode admirar quando vê quantas vezes eventos improváveis acontecem aqui: surpresas ocorrem cerca de a cada dois jogos contra cada quatro nas ligas europeias secundárias.